Acabei de ler um texto com a opinião de uma mulher que
prefere os homens gordinhos, exaltando as qualidades e vantagens dos mais
barrigudinhos sobre os ditos “sarados”. Abaixo do texto um rol de comentários,
alguns apoiando a ideia, outros até indignados falando sobre os males
coronarianos de uma cinturinha mais avantajada. Discussões sobre saúde, beleza
ou feiura à parte, fiquei cá com meus botões pensando sobre o que afinal eu
penso sobre o assunto e me vi quase concordando com o texto, afinal de contas
quem já dormiu ao lado de um aconchegante e cheiroso gordinho sabe das suas
propriedades terapêuticas na vida de uma mulher... A pele é macia, o carinho é
macio, o riso é fácil. Mas...
Mas, também já fui muito feliz e satisfeita ao lado dos
considerados sarados e magros. Faltava maciez, é verdade, mas sobrava ora
desejo, ora impetuosidade, ora singeleza. Havia sempre algo além que justamente
era o que me aproximava daquela pessoa.
Pessoalmente, na minha vida prefiro maciez na maior parte do
tempo. Mas há momentos de necessidades diversas na vida de uma mulher adulta,
independente e de bem com a vida. E se o ‘macio’ não souber realizar essas
outras necessidades, desculpe, não rola por muito tempo!
Enfim, não consegui ser tão exacerbada na opinião e na
preferência pelos homens de cinturinha avantajada, não gosto muito das
preferências unilaterais, simplesmente porque não sou unilateral. Não sou sempre
a mesma todos os dias, não tenho sempre o mesmo humor todos os dias, não tenho
os mesmos gostos e necessidades todos os dias. Gosto de ter a liberdade de
poder um dia comer carne e no outro frango e gostar dos dois, de um dia vestir
azul e no outro amarelo e gostar dos dois.
Entendi que mais importante que
concordar ou discordar da opinião alheia é saber o que me faz bem, quando me
faz bem e se me convém. Se alguém me faz bem nesse momento e me convém, não me
importa o tamanho da sua barriga ou a quantidade de cabelos brancos, que venha e fique, pois o que me importa é
ser feliz!