Educação é antes de tudo arte!
Arte de sentir, arte de ser, arte de conhecer... É ser curioso, é não aceitar a simples resposta: porque é assim!
Educação é mais do que ser cortês, é desejar alterar as fronteiras do conhecido para adentrar o desconhecido, é humanizar-se, é evoluir em atitudes e comportamentos.
Educar-se é estar constantemente trilhando o caminho do desenvolvimento, e esse caminho não é solitário, é conjunto!

Vamos juntos trilhá-lo!


sábado, 15 de janeiro de 2011

Regularidade Importa?

Semana passada cheguei de volta a minha casa, depois de duas semanas de viagem. Geladeira e despensa desabastecidas, fui ao supermercado já desejando um sanduiche com um pão de forma de soja, humm, aquele que vem com os pedacinhos de soja crocantes por cima. Eu sentia o sabor da casca crocante e do miolo macio.

Decepção... No supermercado onde sempre o compro, não tinha. Procurei então o queijo branco, de uma marca específica... Ai, ai... Procurei em toda prateleira, puxei os outros da frente para ver se encontrava apenas um pote, era só um que eu queria, mais nada.

Voltei para casa sem o pão, sem o queijo e com a vontade. Não vou esconder, fiquei com raiva do supermercado. Por que é tão difícil manter a regularidade? Hoje em dia os conhecimentos em gestão de compras e estoque são tão avançados, existem tantos recursos da informática e administração que é praticamente impossível haver problemas nesse sentido. Mas ainda assim existem. Que droga! Podem achar graça, mas fiquei mesmo chateada por causa de um bendito pão de soja!

Não! Pensei logo depois. Minha chateação não era especificamente pela falta do pão ou do queijo, mas da recorrência desse problema. Lembrei-me que uma semana antes entrei em uma loja de sapatos, pedi meu número em três modelos para experimentar. Só havia em um modelo e era o último. Pedi então outros dois modelos. Também não havia meu número, 38. Afinal, não tenho pé grande ou pequeno demais, é um número médio, então, como pode sempre faltar nas lojas? “É o tamanho que mais sai.” – Respondeu o vendedor. “Então aprendam a gerenciar os estoques e comprar menos pares número 34, que ficam encalhados, e mais números 38!” – Respondi entre lacônica e indignada.

Tá certo! Vai ver que um antigo namorado está prestando consultoria para esses dois estabelecimentos, afinal, ele passava duas semanas sem me ver e achava que era normal (??!!!). Sabe o que aconteceu com o namoro? Em cheio! Acabou. Simplesmente. Assim como o sanduiche não comido, com a mesma frustração do fracasso de uma vontade não realizada. Faltou presença, faltou regularidade.

Falta de regularidade.

Regularidade gera fidelidade, gera lembrança, gera desejo. É o que nos faz sair de casa às duas da madrugada se o namorado liga dizendo que está com saudade. É o que nos faz atravessar a cidade num dia chuvoso, pagar mais caro, mas saber que naquele restaurante lá onde Judas perdeu as meias, pois as botas foi um pouco antes, vamos ser bem atendidos e comer aquela empadinha com gostinho de aniversário preparado por vó. É o que é certo, nos deixa seguros, sabemos que estará lá quando precisarmos, é só ir e encontrar.

Se regularidade importa? É fundamental!

Minha avó já me dizia há muito tempo: quem não é visto não é lembrado. E assim seguimos o baile, assim sigo a vida. Já não saio de casa para comprar o pão de soja. Vai que não tem e eu perco a viagem? Faço logo outra coisa para comer em casa e se no mercado tiver o pão, ele que se ferre e perca a validade, pois eusinha, como cliente, é que não vou perder meu tempo implorando para comprar, vou dar meu jeito! E o supermercado que não reclame que as vendas do pão de soja caíram.

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