Educação é antes de tudo arte!
Arte de sentir, arte de ser, arte de conhecer... É ser curioso, é não aceitar a simples resposta: porque é assim!
Educação é mais do que ser cortês, é desejar alterar as fronteiras do conhecido para adentrar o desconhecido, é humanizar-se, é evoluir em atitudes e comportamentos.
Educar-se é estar constantemente trilhando o caminho do desenvolvimento, e esse caminho não é solitário, é conjunto!

Vamos juntos trilhá-lo!


quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Recomeçar para Evoluir


Hoje estive na praia vendo o mar, sentindo o cheiro da água salgada, a brisa tocar de leve meu rosto e além de tudo isso observar quanta gente se aglomera em um espaço de areia em busca do prazer de estar sob o sol tomando banho de mar junto às crianças em suas brincadeiras infantis preferidas da praia: construir castelos de areia na melhor versão dos contos de fadas.
Observando as pessoas em volta, logo me chamou atenção duas famílias, as duas um pouco mais a minha frente. Em uma, a do lado esquerdo, havia um menino de aproximadamente 7 anos e um homem adulto que brincavam na areia com suas pazinhas plásticas, fazendo sabem o que? Pois é, construindo castelos. E esses dois estavam se esfoçando, pois já estavam com um monte de areia bem alto além de haver uma vala funda em volta do que parecia ser o início do castelo.
Já do outro lado havia um outra família, com duas crianças brincando: um menino de uns 5 anos e uma menina de uns 3 aproximadamente. Já não preciso dizer que eles também estavam brincando de construir castelos. Notei que eles construiam e logo destruiam para começar outro em seguida. Um pouco depois o menino foi brincar na beira d’água, deixando a menina sozinha, que não se fez de rogada e foi chamar o pai para ajudá-la a terminar de construir suas obras. O pai foi e logo pegou o baldinho, encheu de areia e virou-o para formar o monte que daria forma ao futuro castelo. Ele fez a menina sentar-se ao lado enquanto ele fazia tudo. Ela bem que tentou ajudar o pai, que desviava as maosinhas pequeninas dela para outro lado, acho até que dizendo para ela esperar. O pai levantou o balde e a areia não havia saído, ela levou a mão mais uma vez para bater no fundo do balde como quem diz: olha pai, tem que bater assim para sair! Ah.... mas ele mais uma vez afastou as maosinhas dela e repetiu o gesto da filha, batendo no fundo do balde até conseguir desenformar o tal “castelo”. Ele falou alguma coisa para ela, acho que em tom de comemoração pelo castelo estar pronto, no momento em que ela levantou a mão e destruiu parte do castelo. Ele, tirou a mão dela e ainda tentou lutar com a filha para que o castelo não fosse derrubado, mas foi vencido, pois a graça da brincadeira era justamente contruir e destruir para construir outro em seguida.
Pobre pai... parece-me que não entendeu qual era a brincadeira e parou de construir castelos com a filha.
Pergunto-me agora, quando foi que paramos de construir nossos castelos?
É, temos muito o que aprender com as crianças, essa menininha me fez refletir sobre a importância do recomeçar. Nós, adultos, com o tempo, acabamos por temer a destruição, temos medo das ruínas, temos medo das perdas, temos medo de talvez não termos forças para recomeçar e reconstruir nossos castelos perdidos. Será que esse pai vai demorar muito tempo para aprender com sua filha que a importância da jornada da vida está no exercício do recomeço, da reconstrução e da disponibilidade para levantar e seguir adiante, mesmo que sobre ruínas feitas pelas nossas próprias nãos?
Onde havia um adulto ativamente construindo um castelo, observei o fosso que ele abria representando essa segurança. Mas o caminho da vida geralmente é feito mais de recontrução do que de segurança de uma fortificação de um grande castelo com um fosso cheio de feras em volta a nos preteger dos perigos do mundo visível e invisível.
Portanto, vamos fazer uma reflexão sobre quem estará mais preparado para enfrentar os reveses da vida no futuro: o menino fortificado em seu grande castelo seguro de todos os males ou a menininha que desde cedo já sabia a lição de que sobre ruínas também é possível construir castelos? Fica o exercício para cada um de nós: refletir sobre a importância de recomeçar para evoluir.

domingo, 25 de outubro de 2009

Atendimento e Atendimentos...

Pois é! Cada dia pode nos trazer sempre uma surpresa, não é mesmo? Hoje pela manhã (hoje é DOMINGO!), eu não estava nem um pouco a fim de sair da cama, uma preguiça federal, até porque quando fui dormir já estava amanhecendo o dia! Quando tomei consciência de que já estava acordada, ainda relutei um pouco para abrir os olhos, mas não tem jeito, a cama vai dando coceira, fico com calor, "pinica" tudo. Até tentei fazer um pouco de palavras cruzadas, ler algumas páginas do livro, mas não deu! Tive que levantar e fui ao supermercado, sob pena de ficar sem comida durante a semana.
O supermercado onde geralmente compro fica no meio de uma feira enorme na Avenida Eduardo Ribeiro (centro de Manaus), onde há bancas de artigos diversos: roupas, artesanatos, comidas regionais, bijuterias, flores, artigos de cama, mesa e banho, artigos de higiene pessoal, livros, entre muitas outras coisas. Dentro do supermercado, vou me perdendo em pensamentos diversos para não encucar com o tamanho da fila que terei que encarar para poder sair com a meia dúzia de produtos escolhidos. Vendo os anúncios e enfeites de natal, que já começam a pipocar e atasanar as ideias comecei a pensar nos presentes que daria a cada membro da família, pois sendo a única filha, irmã e tia morando do outro lado do país, imagina chegar em casa para o natal em família sem as tradicionais lembrancinhas?!
Já estava a caminho de casa quando passei em frente a uma das bancas da feira que vende colares, anéis, pingentes e chaveiros de pedras preciosas em prata e bijuteria e um colar logo me chamou atenção. Uma pedra alaranjada meio transparente em um cordão dourado, lindo e delicado. Quando vi, logo pensei na minha irmã, era a cara dela e ainda poderia ser uma “lembrancinha” a menos para me preocupar no natal!!! Perguntei o preço e não precisei sequer levantar os olhos para esperar a resposta ou perguntar de novo, pois uma mocinha já estava na minha frente ressaltando a beleza da pedra e o dono da banca (e artesão que faz todas as peças) sorrindo e mostrando várias outras peças tão bonitas quanto aquela que chamou minha atenção!
Atenção, simpatia, nenhuma preguiça para responder, atendendo o cliente de forma descontraída e mais: mostrando outros trabalhos, oferecendo alternativas e ressaltando os trabalhos com as pedras mais preciosas com cordões e bases em prata (estes obviamente mais caros – porque o objetivo é aumentar o tíquete médio). Fiquei maravilhada com o atendimento. A presteza, a simpatia, a alegria em divulgar o trabalho e receber o cliente. Passei meu cartão, comprando a peça que havia gostado e para fechar com chave de ouro, o dono da banca me perguntou se eu morava na cidade e ganhei o seu cartão com contato, Marcelo Chaves, artista que faz todas as peças, e a explicação de que quando precisar de algum trabalho mais personalizado ele também faz peças sob encomenda, bastando entrar em contato por telefone ou e-mail.
Para muitos, esse exemplo pode parecer bobo, mas os moradores da cidade, na maioria das suas experiências de atendimento no comércio em geral, sabem que quando encontramos uma loja ou local em que somos bem atendidos é primordial elogiar e garantir a divulgação, pois o bom exemplo também “pega”! Faça assim como o Marcelo e garanta sua clientela satisfeita, pois cliente que se sente especial, fica fidelizado e garante novas vendas suas e de vários amigos também.
Ah, lembra da preguiça que havia mencionado lá no início? Acabou logo após o choque de alegria, dinamismo e bom atendimento. Aumente as vendas de quem merece e faça como eu, divulgue e incentive o bom atendimento, assim todo mundo ganha!Parabéns Marcelo, a você e tua linda família que proporciona aos clientes uma agradável experiência de compra.


Contato: Marcelo Chaves – Arte Amazônica Pedras Preciosas
(92) 8127 3801 – arteamazonica@yahoo.com.br

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Das Coisas Nacionais...

Hoje pela manhã peguei um táxi para chegar ao trabalho. Aproveitei para ler o jornal do taxista e me deparei com uma frase dita por uma atriz global conceituada, ou pelo menos, esta frase foi atribuída a ela. Na dúvida da veracidade da autoria, é melhor não pronunciar nomes, até porque, dita por quem quer que seja, a frase chega a ser repulsiva para quem tem o mínimo de brios, nem digo brios patrióticos (acho que seria forçar a barra), mas no mínimo um ser equilibrado e que pensa no desenvolvimento do país em que vive.
Enfim, não me recordo a composição exata da frase, mas queria dizer que esta pessoa não se importava com a imagem que os países estrangeiros fariam do Brasil ao assistir ao filme Salve Geral, que foi até indicado a concorrer à seleção para o Oscar de 2010. Opinião pessoal respeitada, ponto.
Entretanto, não pude deixar de pensar em como nós brasileiros somos tão relapsos (para não dizer omissos) em divulgar tudo o que temos que bom, de correto, de relevante em nosso país. Logo lembrei de um documentário de Lucia Murat, “Olhar Estrangeiro”, que aborda justamente a questão da visão que o estrangeiro cria do Brasil a partir das produções cinematográficas. Ali, temos a justa medida de tudo o que fazemos e do que não fazemos para exportação. Vários exemplos da imagem que passamos ao sermos permissivos ao ponto de não contra argumentarmos os estereótipos que fazem do nosso povo e costumes ou ainda pior, quando produzimos algo e exportamos, levamos a confirmação de tudo o que pensam de tortuoso sobre nós.
Querem exemplos? Mulher sempre dançando com cachos de banana na cabeça, passarinho carioca malandro que engana todo mundo, polícia corrupta, favelas em morro com criancinhas drogadas servindo de “avião” ou “laranja”, pobreza extrema e analfabeta nordestina, mulatas peladas na beira da praia, sexo grupal regado a drogas e bebidas, entre outros. Coincidências?
Algumas pessoas vão retrucar em ar sarcástico: mas não existe tudo isso? Sim, infelizmente existe. Mas não é SÓ isso que existe!
No meu ponto de vista, aqui entram duas variáveis primordiais. Uma diz respeito à liberdade de imprensa e possibilidade de usar o cinema como meio de denunciar uma situação existente no contexto social. A segunda variável é conseqüência de usar o poder que se tem em mãos, seja pelo cinema, seja pela opinião de um formador de opinião. Como podemos querer que o Brasil seja reconhecido como um país em desenvolvimento se tudo o que mostramos é destruição e feiúra e muito pior do que isso, não nos importa o que pensam de nós? Se ela não se importa, eu me importo! Quero que todos saibam que meu país é bom, seguro, próspero, crescente. Quero poder viajar e ter orgulho de chegar em qualquer lugar e dizer: eu sou brasileira(!), sem medo de ser enxotada como cachorro sarnento em aeroportos da Europa.
A discussão vai muito além destas palavras superficiais e chega até a aparente “impenetrável” mentalidade social. Quem sou eu? Como eu me vejo? O que eu falo de mim? Do que sou capaz? O que sei fazer? Essas perguntas são essenciais para descobrirmos quem somos como pessoas, como sociedade, como nação. Como diz Maíra Suspiro1 sobre o filme Olhar Estrangeiro, no fundo o que falta é muito bom senso. Eu incluiria: falta visão de presente e futuro, falta vontade de ser melhor, falta coragem para mostrar o que é bom, pois é mais fácil a comodidade de sermos vistos como inferiores a arregaçar as mangas e lutarmos para além de sermos, parecermos melhores. Ao contrário do que vocês podem estar pensando, não é uma questão de esconder o que é ruim, mas sim de mostrar o que é muito bom.
E para você, não faz diferença se vai ser visto como traficante, vagabundo, malandro, mulata gostosa que topa tudo ou um ser humano capaz de erros, mas também muitos acertos? Você eu não sei, mas eu prefiro a segunda opção!

sábado, 19 de setembro de 2009

Preguiça ou Burrice?

Ontem a noite, conversando com uma amiga e a escutando desabafar por um problema que havia passado com o banco, tive mais um exemplo interessante, e por que não curioso, do comportamento humano frente a situações profissionais cotidianas. Advogada, ela assessora uma ONG sediada no interior do estado e a representa em assuntos legais, inclusive, em ações de movimentações bancárias.
Pois bem, semana passada a ONG estava aguardando uma doação internacional, portanto, para o valor ser creditado em conta de um banco nacional, era preciso que este operasse o câmbio, para fazer os devidos procedimentos de crédito em conta. Durante uma semana, diariamente, minha amiga entrava em contato com o banco para saber se a doação já havia chegado para os procedimentos de câmbio serem realizados. Nada havia chegado, conforme uma funcionária do banco. Na semana seguinte, minha amiga não entrou em contato com o banco, pois havia sido informada de que assim que a doação chegasse, a funcionária ligaria e avisaria. Você ligou? É, você mesmo que está lendo agora, você ligou para minha amiga informando da chegada da doação no banco? É, se você não ligou, a funcionária muito menos.
Na quarta-feira minha amiga vai ao banco e pergunta se a doação ainda não havia chegado. Já imaginam a resposta, né!? A funcionária não sabia ao certo, mas parecia que sim, duas doações com valores diferentes que ela “achava” que eram tais. Ufa, os valores chegaram, era só operar o câmbio. Ah, tcham, tcham, tcham, tcham.... A funcionária informou que não seria possível operar o câmbio naquele dia, pois o sistema do banco estava fora do ar (coitado do sistema que sempre leva a culpa).
Então opera pelo telefone, faça manualmente, já que o sistema está fora do ar. Sugeriu minha amiga.
Náo será possível, pois o sistema de câmbio do banco está fora do ar no Brasil inteiro. Respondeu a mocinha.
Um banco internacional com sistema de câmbio fora do ar no brasil inteiro???? Dãããããã... Claro que era mentira, o que foi facilmente comprovado por minha amiga com um telefonema para uma outra agência.
Para encurtar a história, nem a mocinha resolveu o assunto, nem o Gerente do Banco, muito menos o Gerente Administrativo da agência. Foi preciso a interferência de uma outra agência, após reclamação formal e contato com a matriz do banco, para que minha amiga fosse finalmente recebida na agência em questão e tivesse sua situação resolvida. Sem falar que a funcionária que estava atendendo e o gerente do banco, já nem atendiam mais o telefone quando sabiam ser minha amiga. E quando foram “obrigados” a recebê-la e resolver o problema, nem um simplesinho “desculpe-me” rolou!
Enfim, perdoem-me pelo alongamento da explicação, mas achei interessante para mostrar como um caso corriqueiro, de atendimento, pode afetar a imagem de uma empresa e de um profissional, pois é claro que eu e todos meus conhecidos já não escolherão esta agência para abrir uma conta ou fazer qualquer tipo de serviço bancário. E essa funcionária, no mínimo displicente, não entrará em nenhum processo seletivo que eu esteja envolvida.
Duas grandes lições podemos tirar desse pequeno “causo”: primeira – seja responsável pelas suas atividades, pois com a responsabilidade, surgem também o comprometimento, o respeito com o cliente e consequentemente, a admiração do seu cliente por você e o trabalho que você desempenha. A segunda lição é humildade. Acreditem, errar não é feio. Cometer erros está na essência do ser humano e todo processo de aprendizagem está intimamente atrelado as nossas atitudes e comportamentos frente ao erro. Gente, viva aos erros que cometemos na vida, pois com eles crescemos e aprendemos mais rápido!!! O problema é quando nossa atitude frente ao erro é de omissão, negação, ou ainda pior, da mentira para esconder o erro. Foi o caso da funcionária em questão no exemplo. Para esconder os erros de não ter cumprido sua palavra em avisar a chegada das doações, de não atender mais os telefonemas da cliente e não ter a humildade de pedir desculpas para então ir solucionar a situação. Além de não fazer nada para resolver, contou a mentira do sistema fora do ar no Brasil todo, quem sabe até para esconder o fato de não saber operar o câmbio manualmente pelo telefone.
Ao final do relato da minha amiga sobre a situação, disse a ela que realmente, é muito difícil trabalhar com pessoas burras, embora ela ache que a funcionária não foi burra, apenas preguiçosa. Ela pode até ter sido preguiçosa no momento em que não ligou, que não realizou o procedimento adequado, que mentiu para não ter que fazer o trabalho naquele momento, etc... Curiosa, fui buscar no dicionário o que é uma pessoa burra, é uma pessoa tola e estúpida, ou seja, esta funcionária foi muito estúpida ou tola de não perceber que sua atitude não comprometia “somente” a cliente, mas sim todo o trabalho da sua empresa, uma imagem como profissional e até mesmo seu emprego.
Seja burrice ou preguiça, já não importa mais, fato é fato, aconteceu. Espero que este ambiente corporativo tenha aprendido as suas lições: responsabilidade pelo que se deve fazer e humildade na realização das suas atividades. Ainda em tempo, caros leitores, se errar não tenham vergonha de pedir desculpas e começar de novo. O máximo que pode acontecer é você acertar!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vício de Linguagem


Vício de linguagem. Todo mundo já ouviu falar nisso, mas na prática bem poucas pessoas se dão conta quando o tem. O pior é quando este teimoso vício ultrapassa os limites do convívio sócio-familiar e adentra o mundo corporativo, tornando a comunicação um jogo perigoso. Nossa língua portuguesa é considerada pelos lingüistas, uma das mais ricas e consequentemente uma das mais arriscadas para quem quer se tornar um perito. Como nós, pobres mortais, não temos a mínima pretensão em nos tornarmos exímios propagadores da língua dito culta, podemos caminhar por uma trilha bem mais suave e menos dolorosa e prestar atenção somente no básico! Como já dizia um professor da faculdade sobre o ofício de dar aulas: em sala de aula você pode fazer só o feijão com arroz, mas faça bem feito! Não farei juízo de valores sobre certo ou errado nesta afirmativa, pois acho que nenhum profissional pode viver uma vida inteira fazendo somente o feijão com arroz. Onde quero chegar é dizer a todos os profissionais que se forem fazer uso da linguagem escrita ou falada, o façam bem feito ou você pode correr o risco de dar um tiro no pé, dependendo da situação na qual está inserido.
Vejam o exemplo de um fisioterapeuta, que fez divulgação do seu serviço de massagem terapêutica e relaxante dentro de uma empresa com aproximadamente 500 funcionários, colando cartazes em praticamente todos os setores, nos quais dizia que fazia atendimentos para quem tem dor no pescoço, no corpo em geral e dor na “costa”. Um erro que passaria como erro de digitação, faltou um “s” no final da palavra. Mas para quem mora na cidade onde aconteceu este “causo”, como dizia meu avô, sabe que a palavra utilizada para designar costas, é mesmo costa. Viram? Vício de linguagem.
Os lingüistas vão falar que na comunicação oral, pode não haver “erro” de lingüística, pois a comunicação aconteceu e todos entenderam o que estava sendo dito, pois isso se trata de movimentos lingüísticos como, por exemplo, a extração do “s” das palavras no plural. Mas considerando uma comunicação dentro de uma empresa e ao público que estava sendo dirigido, por favor, consultem SEMPRE o dicionário! Lembrem-se: se é vício, é porque não é bom!
Ainda em tempo, conforme o dicionário Priberam na língua portuguesa, “costa” quer dizer: 1. Parte da terra firme que emerge do mar ou por ele é banhada; 2. Por ext. Mar próximo à costa; 3. Utensílio para brunir a sola do calçado; 4. Acha; 5. Encosta, ladeira; 6. Fig. Arruinar-se. Já “costas”, quer dizer: 7. Parte exterior do corpo desde o cachaço até à região lombar; 8. Parte do vestuário que cobre as costas; 9. Parte traseira; 10. Encosto (do assento); 11. Parte oposta ao fio dum instrumento cortante; 12. Parte posterior de certas coisas; 13. Dorso, lombo do animal.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Informação é Tudo!


Hoje, no horário do almoço, fui até uma agência bancária realizar uma transferência da minha conta pessoal para uma conta da empresa. Procedimento simples, se não fosse o desconhecimento sobre terminologias e funcionamento dos serviços bancários.
Para agilizar, minha preferência é sempre pelos terminais eletrônicos, afinal, sou esperta e moderna (!), dou preferência à tecnologia a enfrentar filas e filas de banco, que ningueeemmm merece! Estou em frente ao terminal, escolho a opção “transferências”, abre uma tela com a opção “DOC” e “TED – transferência eletrônica”. Levando em consideração que tentando realizar a mesma operação em outro banco a opção “DOC” não me permitiu fazer a transferência para outro banco diferente daquele, escolhi rapidamente a segunda opção – TED. Quando vi, então, a indicação de transferência eletrônica, fiquei logo alegre! “É isso mesmo que eu quero!” – Pensei eu. Fiz as inserções de todas as informações solicitadas e na última tela de aprovação, a mensagem dizendo que o valor para transferência via TED era inferior ao permitido. Olhei para os lados, ninguém para ajudar. Entrei na agência, e realmente, havia alguns meses que não entrava em uma agência bancária, pois com as facilidades da internet faço tudo em casa e no máximo utilizo os terminais eletrônicos. Na entrada um segurança, uma máquina e ao fundo duas mesas, uma com a indicação de atendimento de empresas e a outra mesa com indicação de Gerência. Na primeira mesa um atendente e dois clientes, mais outros dois esperando, a segunda mesa vazia. Achei estranho a agência estar praticamente vazia, nenhum balcão de atendimento, apenas aquelas mesas ao final do salão, nenhuma placa ou indicação de local para outro tipo de atendimento.
Voltei e parei em frente à máquina, era uma máquina de senhas e para tirar senha ela perguntava se eu era ou não cliente. Sim. Sou cliente. Solicitou número da agência e conta corrente. Ai, Deus meu, abre bolsa, abre a carteira, pega o cartão, digita, (...) UFA!!!! Consegui pegar uma senha. Agora o próximo desafio: saber onde era o balcão de atendimento! Como sou mulher e não tenho dificuldade em perguntar, voltei ao vigilante e descobri então que deveria subir as escadas para entrar na fila da senha!
Ah! Lá em cima sim, o ambiente era de banco, tinha fila! Mas ainda não conformada em ter que esperar fui ao balcão e perguntei sobre o procedimento de transferência, ao que tive a luz do atendente ao me informar que até o valor de cinco mil eu deveria usar a opção “DOC”, no terminal de atendimento eletrônico. Desci as escadas, “travei” na porta giratória (pasmem, para sair!!!!!!) e finalmente consegui realizar o procedimento que eu queria.
Depois de tudo isso acontecido, quase perdi a hora do almoço, mas aprendi duas grandes lições: a primeira é que não devemos ceder à tentação de continuar usando as velhas referências para os novos contextos, pois se ao invés de “automaticamente” descartar a possibilidade de utilizar a opção “DOC”, eu a tivesse experimentado, não tinha perdido tanto tempo e rapidamente haveria finalizado o procedimento. A segunda lição é do quanto é importante as informações que temos e oferecemos. Quem tem informação, pode transformá-lo em conhecimento e com isso, já está um passo à frente da maioria da população (como eu, naquele momento) e agilizar todos os passos de sua vida.
Por outro lado, quem retém a informação, não está crescendo com isso, pelo contrário, está atrapalhando sua vida, no momento em que não contribui para o fluxo natural das coisas. Foi o caso do banco. Eu não sou cliente daquela agência, não sei onde funcionam os atendimentos. Custava ter uma plaquinha informando onde deveríamos ir para sermos atendidos?
Portanto, atenção, hoje em dia Informação é Tudo!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Elegância do Comportamento no Mundo Corporativo


Hoje recebi um e-mail de uma amiga falando de elegância, uma dessas mensagens que não vêm com autor, mas que nos fazem refletir principalmente sobre o comportamento humano. Li, concordei com a mensagem e há pouco, ouvindo uma conversa entre colegas de trabalho que estavam combinando o horário e marcando uma reunião para a qual deveriam ser chamados todos os promotores de vendas da nossa rede, me dei conta de que a elegância está além realmente da noção de profissionalismo, talvez seja uma aprendizagem de “berço”. Não, não é de berço, se aprende mesmo, mas não em livros, às vezes não a aprendemos pelo bom exemplo de nossos pais, mas pela simples e pura sensibilidade de Ser Humano e gostarmos de sermos respeitados como tal.
Em síntese esse texto que recebi fala sobre os pequenos gestos que fazemos e nos torna pessoas elegantes, enfatiza o que chama de elegância desobrigada, ou seja, atitudes cotidianas que temos e nos levam a ser mais “leves”, ou como as pessoas atualmente gostam de dizer, mais “ligths”. Entre essas atitudes estão: “pessoas que elogiam mais do que criticam”, “pessoas que escutam mais do que falam, e quando falam passam longe da fofoca”, entre outras.
Já no final do texto há duas frases que foram cruciais para a aproximação que fiz dessa mensagem ao fato que presenciei no trabalho. “Educação enferruja por falta de uso” e “lembre-se de que colhemos infalivelmente aquilo que houvermos semeado”.
Vamos à primeira sentença: educação enferruja por falta de uso. De fato! Lembra de quando éramos crianças e nossa mãe ensinava a dizer sempre as palavrinhas mágicas (bom dia, com licença, por favor e muito obrigado)? O fato é que ao longo da vida vamos esquecendo delas, ou melhor, não as esquecemos, mas começamos a achar que elas não são tão importantes assim e quando nos damos conta, já estamos tento atitudes arrogantes e “mal educadas”. Muitos me diriam, -“ah, Cris, não seja exagerada!”. Será exagero? Quantas vezes na mesa do café da manhã pedimos –“passa a manteiga!”, ou durante o dia ligamos para o marido e dissemos, -“saio às 18h, vem me buscar”. Perdemos nossa gentileza para com o próximo e geralmente este próximo está mesmo bem próximo. Esquecemos do, por favor, do muito obrigada. Ou seja, esquecemos do reconhecimento que devemos ter com o nosso semelhante, pois o outro não é obrigado a estar a nossa disposição e fazer o que pedimos. Aprendemos isso em livro? Não, é a lei da vida, do retorno. É questão de sensibilidade, é questão de EDUCAÇÂO, que deve estar em nosso dia-a-dia SEMPRE, para que não enferruje.
Sobre colher aquilo que semeamos, bem, isso está até na bíblia! Não merece muitas delongas, mas como lembrete: ISSO É FATO!
Voltando ao agendamento da reunião: O coordenador da equipe dizia aos seus gerentes que os promotores de vendas estavam liberados a partir de tal horário, para que pudessem chegar a tempo do início da reunião às 17h30.
– Mas a reunião não é às 18h? – perguntou um dos gerentes.
- É sim, mas se marcamos às 18h, eles vão chegar às 18h30. Então vamos marcar com eles as 17h30 e começamos a reunião às 18h.
(Como assim?????!!!!!!!!!) Eu ouvi e fiquei pensando no que uma antiga professora da faculdade me disse uma vez: “se a aula está marcada para começar às 18h vou começar às 18h desde o primeiro dia, assim, o aluno sabe que se chegar atrasado no segundo dia já perdeu conteúdo, e no terceiro dia já não tem mais ninguém chegando atrasado”. Ela arrematou: “tudo é questão de educação e respeito”.
Neste caso, quanta deselegância fazer esperar 30 minutos quem é elegante e chegou no horário marcado! Vejam como a cultura da “deseducação” está arraigada no nosso comportamento. Ao invés de parabenizarmos quem chega no horário, os punimos fazendo esperar, enquanto que os deselegantes que chegam atrasados continuam repetindo seu ritual, pois, arrogantes, já sabem que “são esperados”. A educação enferrujou!
Portanto, cuidado devemos ter para que não estimulemos a deselegância do comportamento. Vamos começar a reunião no horário marcado em respeito a quem está lá, a quem se organizou para ser elegante e exercita sua educação e respeito para com seu próximo. Se chegarmos atrasados, não precisamos interromper a reunião dando desculpas. Apenas, elegantemente, baixamos a cabeça, sentamos e nos inserimos no contexto do assunto que está sendo tratado. Não é preciso espalhafatos, não é preciso reprimendas, é preciso saber EDUCAR pelo RESPEITO ao próximo.